PROJETO:
RESGATANDO A NOSSA IDENTIDADE
SUB –PROJETOS:
v Quem sou eu?
v A minha e a sua
família.
v Bonito é ser
diferente.
v Jogos, músicas,
brincadeiras e contos. Valorizando a cultura negra.
JUSTIFICATIVA
Possibilitar aos nossos alunos da
Educação Infantil um conhecimento significativo, que diz respeito à construção
gradativa da identidade, considerando que o conhecimento dela, faz parte da
idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas sem distinção ou
preconceitos. A começar pelo nome, seguindo de todas as características
físicas, de modos de agir, pensar e da história pessoal de cada um.
OBJETIVO
GERAL
Conhecer a sua história de vida
apropriando-se de sua identidade étnico-racial.
OBJETIVOS
v Conhecer sua
própria história de vida.
v Identificar seu
nome em meio a um conjunto, conhecendo seu significado.
v Identificar a
família como referência de sua história.
v Valorizar sua
história.
v Ter imagem positiva
se si, ampliando sua auto-estima.
v Respeitar os outros
indivíduos, valorizando a sua cultura e sua identidade étnico-racial.
1º BIMESTRE: Identidade (Quem Sou Eu?).
Objetivo: Familiarizar-se com a sua história de vida,
valorizando sua identidade étnico-racial.
v Confecção de um
cartaz com fotos dos alunos;
v Desenho livre da
criança bebê e atual;
v A história dos
nomes. Dentro do saco surpresa, a professora colocará fichas contendo os nomes
das crianças. A criança irá procurar o seu nome no saco e em seguida colocará
embaixo da sua foto (cartaz). Logo após a professora explicará o significado e
a história do seu nome;
v Enfeitar o nome
usando sua criatividade;
v Recortar letras de
revistas e montar o seu nome;
v Construção de um
cartaz com as fotos.
TEMA: Quem sou eu.
v Trabalhar a
história do nome da criança, seu significado.
v Conto africano: Coração Sozinho
Coração-Sozinho
O Leão e a Leoa tiveram três filhos! Um deu
a si próprio o nome de Coração-Sozinho, o
outro escolheu o de Coração-com-a-Mãe e o terceiro o de Coração-com-o-Pai.
Coração-Sozinho encontrou um porco e apanhou-o,
mas não havia quem o ajudasse porque o seu nome era Coração-Sozinho.
Coração-com-a-Mãe encontrou um porco, apanhou-o
e sua mãe veio logo para o ajudar a
matar o animal. Comeram-no ambos.
Coração-com-o-Pai apanhou também um porco. O pai
veio logo para o ajudar. Mataram o
porco e comeram-no os dois.
Coração-Sozinho encontrou outro porco, apanhou-o
mas não o conseguia matar. Ninguém foi em seu auxílio. Coração-Sozinho
continuou nas suas caçadas, sem ajuda de ninguém. Começou a emagrecer, a
emagrecer, até que um dia morreu. Os outros continuaram cheios de saúde por não
terem um coração sozinho.
2º BIMESTRE: A minha e a sua família.
Objetivo: Identificar a família como referência de sua
história.
v Apresentação a
turma de gravuras de diferentes composições de família.
v Discutir sobre as
diferenças dessas famílias.
Obs. Trabalhar com o livro-” O amigo do rei”.
v Roda de
conversação: Como é sua família? È composta de quantas
pessoas? Qual o nome das pessoas que fazem parte de sua família?
Quem ajuda você a fazer as atividades de casa? Quem trabalha para
sustentar a família?
v Comentar sobre a
importância do trabalho da mulher, valorizando as mulheres que trabalham para
manter a família.
v Importância da
divisão das tarefas de casa, tanto homens, como mulheres devem ajudar na
organização e limpeza da casa.
v Desenho da família
e listagem dos nomes das pessoas que compõem a família.
v Trabalhar a
história do livro – “Romeu e Julieta”.
Obs.: Para encerramento
do bimestre, preparar um teatro com a história deste livro para
apresentar.
3º BIMESTRE: Bonito é ser diferente.
Objetivo: Desenvolver o senso crítico, através de
questionamentos sobre as diferenças (étnico-racial).
v Confecção de um
cartaz, contendo crianças da várias cores e diferentes raças (Induzir a criança
a descobrir o que há de interessante no cartaz);
v Trabalhando as
diferenças de cor, preconceito, respeito às pessoas com necessidades especiais,
aos idosos,...
v Disponibilizar
revistas à turma, para que cada criança procure e recorte uma gravura de
pessoas. Socializar as gravuras, estimulando uma conversação sobre as
diferenças (cor da pele, cabelo, altura etc.)
v Trabalhar com a
música VOCÊ É DIFERENTE DE MIM (Xuxa).
v
Trabalhar a história do livro: “O
cabelo de Lelê.”
(obs. Abordar a importância de gostarmos
de nós mesmos e conhecermos nossas origens. Temos a história em vídeo.)
4º BIMESTRE: Jogos, músicas, brincadeiras e contos.
(Valorizando a Cultura Negra)
Objetivo: Valorizar a cultura
e as tradições que são representadas através de jogos, danças, músicas, lendas,
contos e brincadeiras.
Apresentar a turma :
v Histórias como: O
segredo da nossa casa, Todos dependem da boca;
v Fábulas como: O
sapo e a cobra;
Obs.: Todos de origem africana
v Apresentar músicas,
festas e jogos africanos.
(Utilizar o livro e CD Africanidades).
v Construir brinquedos, colares, e instrumentos musicais com material de
sucata que possuem influência africana.
Trabalhar a história do livro: “A bonequinha preta” (Falar sobre: a desobediência, o amor, o egoísmo e sobre diversidade).
Contos e histórias africanas:
UBUNTU
Um antropólogo estava estudando os usos e costumes
da tribo e propôs uma brincadeira para as crianças. Comprou uma porção de doces
e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito, com laço de fita e
tudo, e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que
quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e
a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos... UBUNTU PRA VOCÊ!
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos... UBUNTU PRA VOCÊ!
TODOS DEPENDEM DA BOCA...
Obs. Preparar fantoches com palitos para apresentar
o com imagem.
Certo dia, a boca, com ar vaidoso, perguntou:
- Embora o corpo seja um só, qual é o órgão mais importante?
Os olhos responderam:
- O órgão mais importante somos nós: observamos o que se passa e vemos as coisas.
- Somos nós, porque ouvimos – disseram os ouvidos.
- Estão enganados. Nós é que somos mais importantes porque agarramos as coisas, disseram as mãos.
Mas o coração também tomou a palavra:
- Então e eu? Eu é que sou importante: faço funcionar todo o corpo!
- E eu trago em mim os alimentos – interveio a barriga.
- Olha! Importante é aguentar todo o corpo como nós, as pernas, fazemos.
Estavam nisto, quando a mulher trouxe a massa, chamando-os para comer. Então os olhos viram a massa, o coração emocionou-se, a barriga esperou ficar farta, os ouvidos escutavam, as mãos podiam tirar bocados, as pernas andaram... mas a boca recusou comer. E continuou a recusar.
Por isso, todos os outros órgãos começaram a ficar sem forças...
Então a boca voltou a perguntar:
- Afinal qual é o órgão mais importante no corpo?
- És tu boca, responderam todos em coro. Tu és o nosso rei!
Nota : todos somos importantes e, para viver, temos de aprender a colaborar uns com os outros...
O
GATO E O RATO
O Gato e o Rato tornaram-se amigos. Um dia
combinaram fazer uma viagem a uma terra distante. Pelo caminho tinham de
atravessar um rio.
- Por onde passaremos? - perguntou o Gato.
- O rio leva muita água.
O Rato respondeu:
- Não faz mal. Fazemos um barco.
O Gato concordou e logo ali os dois
colheram uma grande raiz de mandioca e fizeram um barco com ela. Meteram o
barco na água, entraram para ele e começaram a atravessar o rio.
Pelo caminho começaram a ter fome e
repararam que não tinham levado comida.
O Gato perguntou então:
- O que é que nós havemos de comer?
- Não te preocupes, amigo Gato, porque
podemos comer o nosso próprio barco.
E os dois começaram a comer o barco. O Gato
pouco comeu porque a mandioca não lhe sabia bem, mas o Rato comeu, comeu, comeu
até que acabou por furar o barco, que foi ao fundo.
O Gato e o Rato tiveram que nadar até à
margem, mas, enquanto o Rato nadava bem e depressa, o Gato que mal sabia nadar,
só com muita dificuldade e muito envergonhado é que conseguiu chegar a terra.
O Gato olhou então para o Rato e viu que
ele estava com a barriga bem cheia por causa da mandioca, enquanto ele
continuava cheio de fome. Por isso lembrou-se de comer o Rato.
- Sinto muita fome, Rato. Vou ter de te
comer.
-
Está bem - disse o Rato espertalhão - mas olha que eu estou muito sujo. É
melhor ir primeiro lavar-me. Espera aí.
O
Rato afastou-se e desapareceu. O Gato ainda hoje está à espera.
In: Contos
Moçambicanos
SAPO
E A COBRA
Era uma vez um sapinho que encontrou um
bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
- Alô! Que é que você está fazendo estirada
na estrada?
- Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma
cobrinha, e você?
- Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram a manhã toda no mato.
- Vou ensinar você a pular.
E eles pularam a tarde toda pela estrada.
- Vou ensinar você a subir na árvore se
enroscando e deslizando pelo tronco.
Eles subiram. Ficaram com fome e foi
embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
- Obrigada por me ensinar a pular.
- Obrigado por me ensinar a subir na
árvore.
Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia
rastejar.
- Quem ensinou isso para você?
- A cobra, minha amiga.
- Você não sabe que a família Cobra não é
gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também
de rastejar por aí. Não fica bem.
Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia
pular.
- Quem ensinou isso para você?
- O sapo, meu amigo.
- Que besteira! Você não sabe que a gente
nunca se deu bem com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... Bom
apetite! E pare de pular. Nós cobras não fazemos isso.
No dia seguinte, cada um ficou na sua.
- Acho que não posso rastejar com você
hoje.
A cobrinha olhou, lembrou do conselho da
mãe e pensou: "Se ele chegar perto eu pulo e devoro ele. "
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos
pulos que aprendeu com o sapinho.
Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a
cobrinha não brincaram mais juntos.
Mas ficavam sempre no sol, pensando no
único dia em que foram amigos.
Lenda africana.
SEGREDO
DE NOSSA CASA
Certo dia, uma mulher estava na cozinha e, ao atiçar a fogueira, deixou cair cinza em cima do seu cão.
O cão queixou-se:
– A senhora, por favor, não me queime!
Ela ficou muito espantada: um cão a falar! Até parecia mentira...
Assustada, resolveu bater-lhe com o pau com que mexia a comida. Mas o pau também falou:
- O cão não me fez mal. Não quero bater-lhe!
A senhora já não sabia o que fazer e resolveu contar às vizinhas o que se tinha passado com o cão e o pau.
Mas, quando ia sair de casa a porta, com um ar zangado, avisou-a:
- Não saias daqui e pensas no que aconteceu. Os segredos da nossa casa não devem ser espalhados pelos vizinhos.
A senhora percebeu o conselho da porta. Pensou que tudo começara porque tratara mal o seu cão. Então, pediu-lhe desculpa e repartiu o almoço com ele.
Nota: é
fundamental sabermos conviver uns com os outros e assegurar o respeito mútuo,
embora às vezes seja difícil...
Brincadeiras africanas
v
Escravos
de Jó
É uma brincadeira de roda guiada por uma
cantiga bem conhecida, cuja letra pode mudar de região para região. Para
brincar, é preciso no mínimo duas pessoas. Todos têm suas pedrinhas e no começo
elas são transferidas entre os participantes, seguindo a sequência da roda.
Depois, quando os versos dizem “Tira, põe, deixa ficar!”, todas seguem a
orientação da música. No verso “Guerreiros com guerreiros”, a transferência das
pedrinhas é retomada, até chegar ao trecho “zigue, zigue, zá!”, quando os
participantes movimentam as pedras que estão em mãos para um lado e para o
outro, sem entregá-las a ninguém. O jogador que erra os movimentos é eliminado
da brincadeira, até que surja um único vencedor.
v Pular corda
Preferida das meninas, tanto na versão
tradicional quando nas versões diferenciadas em que a brincadeira é guiada por
alguma cantiga. Além de ser divertida para o lazer, é uma atividade
excelente para exercitar o coração e a coordenação motora. Pode ser praticada
tanto individualmente quanto em grupo, quando duas pessoas seguram as pontas
das cordas e movimenta o instrumento para que um ou mais participantes possam
pular. Quem esbarrar na corda sai da brincadeira. Ou simplesmente perde, e
continua!
v
Pular elástico
Outra muito apreciada pelas meninas! Para
brincar, basta separar pelo menos 2 metros de elástico de roupa e dar um nó. É
necessário no mínimo 3 participantes: duas para segurar o elástico e outra para
pular. As duas crianças que vão segurar o elástico ficam em pé, frente a
frente, e colocam o elástico em volta dos tornozelos para formar um retângulo.
Daí, o participante da vez faz uma sequência de saltos: pula para dentro, sobre
e para fora do elástico, tentando completar a tarefa sem tropeçar. O grau de
dificuldade aumenta ao longo da disputa: o elástico ainda deve subir do
tornozelo para o joelho, cintura, tronco e pescoço. Dependendo da altura das
crianças, o jogo vai ficando impraticável, mas é o desafio que estimula a
brincadeira!
v
Terra-
mar (Moçambique)
Material: giz
Local: quadra
ou pátio
A
dinâmica dessa brincadeira se assemelha à tradicional brincadeira do “morto-vivo”. O (a) professor (a) fará no
chão da quadra ou pátio um longo risco com giz. De um lado ele (a) escreverá
Terra e do outro Mar. Para iniciar a brincadeira todas as crianças poderão
ficar do lado da Terra. Quando o (a) professor (a) disser:
- Mar!
Todos (as) deverão pular para o lado do
Mar. Quando o(a) professor(a) disser:
- Terra!
Todos (as) deverão pular para o lado da
Terra. O (a) professor (a) pode dizer Terra ou Mar repetidamente para tentar
induzir algumas crianças ao erro. A criança que pular para o lado errado irá
sair temporariamente da brincadeira. A última criança que permanecer sem errar
vence a brincadeira.
CULMINÂNCIA DO PROJETO
v Peça Teatral:
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA.
v Apresentação da
bandinha de sucata construída pelos alunos, música: As cores (cd do livro:
Pretinho meu boneco querido- faixa 3).
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