terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Projeto Resgatando nossa identidade

PROJETO:
RESGATANDO A NOSSA IDENTIDADE


SUB –PROJETOS:
v  Quem sou eu?
v  A minha e a sua família.
v  Bonito é ser diferente.
v  Jogos, músicas, brincadeiras e contos. Valorizando a cultura negra.

 JUSTIFICATIVA
Possibilitar aos nossos alunos da Educação Infantil um conhecimento significativo, que diz respeito à construção gradativa da identidade, considerando que o conhecimento dela, faz parte da idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas sem distinção ou preconceitos. A começar pelo nome, seguindo de todas as características físicas, de modos de agir, pensar e da história pessoal de cada um.
 OBJETIVO GERAL
Conhecer a sua história de vida apropriando-se de sua identidade étnico-racial. 
 OBJETIVOS 
v  Conhecer sua própria história de vida.
v  Identificar seu nome em meio a um conjunto, conhecendo seu significado.
v   Identificar a família como referência de sua história.
v  Valorizar sua história.
v  Ter imagem positiva se si, ampliando sua auto-estima.
v  Respeitar os outros indivíduos, valorizando a sua cultura e sua identidade étnico-racial.




1º BIMESTRE: Identidade (Quem Sou Eu?).


Objetivo: Familiarizar-se com a sua história de vida, valorizando sua identidade étnico-racial.

v  Confecção de um cartaz com fotos dos alunos;
v  Desenho livre da criança bebê e atual;
v  A história dos nomes. Dentro do saco surpresa, a professora colocará fichas contendo os nomes das crianças. A criança irá procurar o seu nome no saco e em seguida colocará embaixo da sua foto (cartaz). Logo após a professora explicará o significado e a história do seu nome;
v  Enfeitar o nome usando sua criatividade;
v  Recortar letras de revistas e montar o seu nome;
v  Construção de um cartaz com as fotos.
     TEMA: Quem sou eu.
v   Trabalhar a história do nome da criança, seu significado.

v Conto africano: Coração Sozinho

Coração-Sozinho

Leão e a Leoa tiveram três filhos! Um deu a si próprio o nome de Coração-Sozinho, o outro escolheu o de Coração-com-a-Mãe e o terceiro o de  Coração-com-o-Pai.
Coração-Sozinho encontrou um porco e apanhou-o, mas não havia quem o ajudasse porque o seu nome era Coração-Sozinho.
Coração-com-a-Mãe encontrou um porco, apanhou-o e sua mãe veio logo para o ajudar a matar o animal. Comeram-no ambos.
Coração-com-o-Pai apanhou também um porco. O pai veio logo para o ajudar. Mataram o porco e comeram-no os dois.
Coração-Sozinho encontrou outro porco, apanhou-o mas não o conseguia matar. Ninguém foi em seu auxílio. Coração-Sozinho continuou nas suas caçadas, sem ajuda de ninguém. Começou a emagrecer, a emagrecer, até que um dia morreu. Os outros continuaram cheios de saúde por não terem um coração sozinho.



2º BIMESTRE: A minha e a sua família.

Objetivo: Identificar a família como referência de sua história.

v  Apresentação a turma de gravuras de diferentes composições de família.
v  Discutir sobre as diferenças dessas famílias.
Obs. Trabalhar com o livro-” O amigo do rei”.
v  Roda de conversação: Como é sua família?   È composta de quantas pessoas?  Qual o nome das pessoas que fazem parte de sua família?  Quem ajuda você a fazer as atividades de casa?  Quem trabalha para sustentar a família?
v  Comentar sobre a importância do trabalho da mulher, valorizando as mulheres que trabalham para manter a família.
v  Importância da divisão das tarefas de casa, tanto homens, como mulheres devem ajudar na organização e limpeza da casa.
v  Desenho da família e listagem dos nomes das pessoas que compõem a família.
v   Trabalhar a história do livro – “Romeu e Julieta”.
Obs.: Para encerramento do bimestre, preparar um teatro com a história deste livro para apresentar.

3º BIMESTRE: Bonito é ser diferente.
Objetivo: Desenvolver o senso crítico, através de questionamentos sobre as diferenças (étnico-racial).
v  Confecção de um cartaz, contendo crianças da várias cores e diferentes raças (Induzir a criança a descobrir o que há de interessante no cartaz);
v  Trabalhando as diferenças de cor, preconceito, respeito às pessoas com necessidades especiais, aos idosos,...
v  Disponibilizar revistas à turma, para que cada criança procure e recorte uma gravura de pessoas. Socializar as gravuras, estimulando uma conversação sobre as diferenças (cor da pele, cabelo, altura etc.)
v Trabalhar com a música VOCÊ É DIFERENTE DE MIM (Xuxa).

v Trabalhar a história do livro: “O cabelo de Lelê.”
(obs. Abordar a importância de gostarmos de nós mesmos e conhecermos nossas origens. Temos a história em vídeo.)



4º BIMESTRE: Jogos, músicas, brincadeiras e contos.
 (Valorizando a Cultura Negra) 




Objetivo: Valorizar a cultura e as tradições que são representadas através de jogos, danças, músicas, lendas, contos e brincadeiras.
Apresentar a turma :
v  Histórias como: O segredo da nossa casa, Todos dependem da boca;
v  Fábulas como: O sapo e a cobra;
       Obs.:  Todos de origem africana
v  Apresentar músicas, festas e jogos africanos.
(Utilizar o livro e CD Africanidades).

v  Construir brinquedos, colares, e instrumentos musicais com material de sucata que possuem influência africana.

Trabalhar a história do livro: “A bonequinha preta” (Falar sobre: a desobediência, o amor, o egoísmo e sobre diversidade).

Contos e histórias africanas:


UBUNTU
Um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e propôs uma brincadeira para as crianças. Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito, com laço de fita e tudo, e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"


Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...   UBUNTU PRA VOCÊ!

TODOS DEPENDEM DA BOCA...

Obs. Preparar fantoches com palitos para apresentar o com imagem.

Certo dia, a boca, com ar vaidoso, perguntou:
- Embora o corpo seja um só, qual é o órgão mais importante?
Os olhos responderam:
- O órgão mais importante somos nós: observamos o que se passa e vemos as coisas.
- Somos nós, porque ouvimos – disseram os ouvidos.
- Estão enganados. Nós é que somos mais importantes porque agarramos as coisas, disseram as mãos.
Mas o coração também tomou a palavra:
- Então e eu? Eu é que sou importante: faço funcionar todo o corpo!
- E eu trago em mim os alimentos – interveio a barriga.
- Olha! Importante é aguentar todo o corpo como nós, as pernas, fazemos.

Estavam nisto, quando a mulher trouxe a massa, chamando-os para comer. Então os olhos viram a massa, o coração emocionou-se, a barriga esperou ficar farta, os ouvidos escutavam, as mãos podiam tirar bocados, as pernas andaram... mas a boca recusou comer. E continuou a recusar.
Por isso, todos os outros órgãos começaram a ficar sem forças...

Então a boca voltou a perguntar:
- Afinal qual é o órgão mais importante no corpo?
- És tu boca, responderam todos em coro. Tu és o nosso rei!

Nota : todos somos importantes e, para viver, temos de aprender a colaborar uns com os outros...


O GATO E O RATO
O Gato e o Rato tornaram-se amigos. Um dia combinaram fazer uma viagem a uma terra distante. Pelo caminho tinham de atravessar um rio.
- Por onde passaremos? - perguntou o Gato. - O rio leva muita água.
O Rato respondeu:
- Não faz mal. Fazemos um barco.
O Gato concordou e logo ali os dois colheram uma grande raiz de mandioca e fizeram um barco com ela. Meteram o barco na água, entraram para ele e começaram a atravessar o rio.
Pelo caminho começaram a ter fome e repararam que não tinham levado comida.
O Gato perguntou então:
- O que é que nós havemos de comer?
- Não te preocupes, amigo Gato, porque podemos comer o nosso próprio barco.
E os dois começaram a comer o barco. O Gato pouco comeu porque a mandioca não lhe sabia bem, mas o Rato comeu, comeu, comeu até que acabou por furar o barco, que foi ao fundo.
O Gato e o Rato tiveram que nadar até à margem, mas, enquanto o Rato nadava bem e depressa, o Gato que mal sabia nadar, só com muita dificuldade e muito envergonhado é que conseguiu chegar a terra.
O Gato olhou então para o Rato e viu que ele estava com a barriga bem cheia por causa da mandioca, enquanto ele continuava cheio de fome. Por isso lembrou-se de comer o Rato.
- Sinto muita fome, Rato. Vou ter de te comer.
- Está bem - disse o Rato espertalhão - mas olha que eu estou muito sujo. É melhor ir primeiro lavar-me. Espera aí.
O Rato afastou-se e desapareceu. O Gato ainda hoje está à espera.

In: Contos Moçambicanos


SAPO E A COBRA

Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
- Alô! Que é que você está fazendo estirada na estrada?
- Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha, e você?
- Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram a manhã toda no mato.
- Vou ensinar você a pular.
E eles pularam a tarde toda pela estrada.
- Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco.
Eles subiram. Ficaram com fome e foi embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
- Obrigada por me ensinar a pular.
- Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar.
- Quem ensinou isso para você?
- A cobra, minha amiga.
- Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular.
- Quem ensinou isso para você?
- O sapo, meu amigo.
- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu bem com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... Bom apetite! E pare de pular. Nós cobras não fazemos isso.
No dia seguinte, cada um ficou na sua.
- Acho que não posso rastejar com você hoje.
A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: "Se ele chegar perto eu pulo e devoro ele. "
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho.
Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos.
Mas ficavam sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos.

Lenda africana.

SEGREDO DE NOSSA CASA

Certo dia, uma mulher estava na cozinha e, ao atiçar a fogueira, deixou cair cinza em cima do seu cão.
O cão queixou-se:
– A senhora, por favor, não me queime!
Ela ficou muito espantada: um cão a falar! Até parecia mentira...
Assustada, resolveu bater-lhe com o pau com que mexia a comida. Mas o pau também falou:
- O cão não me fez mal. Não quero bater-lhe!
A senhora já não sabia o que fazer e resolveu contar às vizinhas o que se tinha passado com o cão e o pau.
Mas, quando ia sair de casa a porta, com um ar zangado, avisou-a:
- Não saias daqui e pensas no que aconteceu. Os segredos da nossa casa não devem ser espalhados pelos vizinhos.
A senhora percebeu o conselho da porta. Pensou que tudo começara porque tratara mal o seu cão. Então, pediu-lhe desculpa e repartiu o almoço com ele.
Nota: é fundamental sabermos conviver uns com os outros e assegurar o respeito mútuo, embora às vezes seja difícil...
Brincadeiras africanas

v  Escravos de Jó
É uma brincadeira de roda guiada por uma cantiga bem conhecida, cuja letra pode mudar de região para região. Para brincar, é preciso no mínimo duas pessoas. Todos têm suas pedrinhas e no começo elas são transferidas entre os participantes, seguindo a sequência da roda. Depois, quando os versos dizem “Tira, põe, deixa ficar!”, todas seguem a orientação da música. No verso “Guerreiros com guerreiros”, a transferência das pedrinhas é retomada, até chegar ao trecho “zigue, zigue, zá!”, quando os participantes movimentam as pedras que estão em mãos para um lado e para o outro, sem entregá-las a ninguém. O jogador que erra os movimentos é eliminado da brincadeira, até que surja um único vencedor.


v  Pular corda

Preferida das meninas, tanto na versão tradicional quando nas versões diferenciadas em que a brincadeira é guiada por alguma cantiga. Além de ser divertida para o lazer, é uma atividade excelente para exercitar o coração e a coordenação motora. Pode ser praticada tanto individualmente quanto em grupo, quando duas pessoas seguram as pontas das cordas e movimenta o instrumento para que um ou mais participantes possam pular. Quem esbarrar na corda sai da brincadeira. Ou simplesmente perde, e continua!


v  Pular elástico

Outra muito apreciada pelas meninas! Para brincar, basta separar pelo menos 2 metros de elástico de roupa e dar um nó. É necessário no mínimo 3 participantes: duas para segurar o elástico e outra para pular. As duas crianças que vão segurar o elástico ficam em pé, frente a frente, e colocam o elástico em volta dos tornozelos para formar um retângulo. Daí, o participante da vez faz uma sequência de saltos: pula para dentro, sobre e para fora do elástico, tentando completar a tarefa sem tropeçar. O grau de dificuldade aumenta ao longo da disputa: o elástico ainda deve subir do tornozelo para o joelho, cintura, tronco e pescoço. Dependendo da altura das crianças, o jogo vai ficando impraticável, mas é o desafio que estimula a brincadeira!


v  Terra- mar (Moçambique)

Material: giz
Local: quadra ou pátio 
            
 A dinâmica dessa brincadeira se assemelha à tradicional brincadeira do “morto-vivo”. O (a) professor (a) fará no chão da quadra ou pátio um longo risco com giz. De um lado ele (a) escreverá Terra e do outro Mar. Para iniciar a brincadeira todas as crianças poderão ficar do lado da Terra. Quando o (a) professor (a) disser:             
- Mar!
Todos (as) deverão pular para o lado do Mar. Quando o(a) professor(a) disser:         
- Terra!
Todos (as) deverão pular para o lado da Terra. O (a) professor (a) pode dizer Terra ou Mar repetidamente para tentar induzir algumas crianças ao erro. A criança que pular para o lado errado irá sair temporariamente da brincadeira. A última criança que permanecer sem errar vence a brincadeira.   

 
CULMINÂNCIA DO PROJETO
v  Peça Teatral: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA.

v  Apresentação da bandinha de sucata construída pelos alunos, música: As cores (cd do livro: Pretinho meu boneco querido- faixa 3).


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